Navio-Veleiro “Cisne Branco” completa 25 anos de história, tradição e diplomacia
- Secretaria
- 4 de mar.
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Com a missão de representar o Brasil, veleiro é reconhecido como a "Embaixada Brasileira no Mar"
Recriando a rota do descobrimento do Brasil pelos portugueses. Foi assim que o Navio-Veleiro “Cisne Branco” iniciou sua história. Incorporado à Armada em 9 de março de 2000, durante as comemorações dos 500 anos do Descobrimento, realizou sua viagem inaugural partindo de Lisboa em direção a Porto Seguro, repetindo os passos de Cabral. É o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil (MB) e, desde então, percorreu mais de 30 nações, representando o País em regatas, festivais e eventos que celebram a cultura náutica.Com 25 anos de história, o “Cisne Branco” é uma peça-chave na diplomacia naval e um importante patrimônio cultural da Marinha. Construído pelo estaleiro Damen Oranjewerf, na Holanda, foi batizado e lançado ao mar em 4 de agosto de 1999, sendo entregue à MB em 4 de fevereiro de 2000. Mais do que um veleiro, o “Cisne Branco” é um símbolo da conexão do Brasil com o mundo, carregando em seus conveses histórias e episódios marcantes.Missão e históriaCom sua imponente estrutura e velas ao vento, o Navio-Veleiro “Cisne Branco” desempenha um papel essencial na projeção da imagem do Brasil no exterior. Além de representar o País em regatas e visitas protocolares, promove a mentalidade marítima e contribui para a formação dos militares da Força, como Aspirantes, alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros.A bordo, os alunos da Marinha recebem um treinamento que vai além da navegação moderna, desenvolvendo disciplina, trabalho em equipe e respeito às tradições. Durante as missões, eles participam ativamente das manobras de vela e demais operações do navio, consolidando o aprendizado prático essencial à carreira naval.Desde sua incorporação, o “Cisne Branco” tem percorrido os oceanos em diversas missões. Em seu primeiro ano de serviço, participou da Operação “Vela”, em 2000 nos Estados Unidos. Em 2002, conquistou o primeiro lugar na categoria “A” da Regata “America's Sail” (Velas Americanas), repetindo o feito em 2006. Também esteve presente em festivais internacionais e nas “Velas Latinoamerica”, que reúnem os maiores veleiros do mundo a cada quatro anos. A próxima edição será em 2027.No último ano, o navio participou de importantes missões no Brasil, como viagens de instrução e a Operação “Cisne Branco”. No cenário internacional, esteve nos Estados Unidos e em Portugal, em comemoração ao bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e EUA, reforçando sua atuação diplomática nos mares.

Recriando a rota do descobrimento do Brasil pelos portugueses. Foi assim que o Navio-Veleiro “Cisne Branco” iniciou sua história. Incorporado à Armada em 9 de março de 2000, durante as comemorações dos 500 anos do Descobrimento, realizou sua viagem inaugural partindo de Lisboa em direção a Porto Seguro, repetindo os passos de Cabral. É o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil (MB) e, desde então, percorreu mais de 30 nações, representando o País em regatas, festivais e eventos que celebram a cultura náutica.Com 25 anos de história, o “Cisne Branco” é uma peça-chave na diplomacia naval e um importante patrimônio cultural da Marinha. Construído pelo estaleiro Damen Oranjewerf, na Holanda, foi batizado e lançado ao mar em 4 de agosto de 1999, sendo entregue à MB em 4 de fevereiro de 2000. Mais do que um veleiro, o “Cisne Branco” é um símbolo da conexão do Brasil com o mundo, carregando em seus conveses histórias e episódios marcantes.Missão e históriaCom sua imponente estrutura e velas ao vento, o Navio-Veleiro “Cisne Branco” desempenha um papel essencial na projeção da imagem do Brasil no exterior. Além de representar o País em regatas e visitas protocolares, promove a mentalidade marítima e contribui para a formação dos militares da Força, como Aspirantes, alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros.A bordo, os alunos da Marinha recebem um treinamento que vai além da navegação moderna, desenvolvendo disciplina, trabalho em equipe e respeito às tradições. Durante as missões, eles participam ativamente das manobras de vela e demais operações do navio, consolidando o aprendizado prático essencial à carreira naval.Desde sua incorporação, o “Cisne Branco” tem percorrido os oceanos em diversas missões. Em seu primeiro ano de serviço, participou da Operação “Vela”, em 2000 nos Estados Unidos. Em 2002, conquistou o primeiro lugar na categoria “A” da Regata “America's Sail” (Velas Americanas), repetindo o feito em 2006. Também esteve presente em festivais internacionais e nas “Velas Latinoamerica”, que reúnem os maiores veleiros do mundo a cada quatro anos. A próxima edição será em 2027.No último ano, o navio participou de importantes missões no Brasil, como viagens de instrução e a Operação “Cisne Branco”. No cenário internacional, esteve nos Estados Unidos e em Portugal, em comemoração ao bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e EUA, reforçando sua atuação diplomática nos mares.

Por dentro do “Cisne Branco”Apesar de sua aparência compacta, o Navio-Veleiro guarda em seu interior um ambiente requintado, repleto de elementos históricos e cuidadosamente projetado para garantir o conforto da tripulação durante longas jornadas.O design interior é inspirado em veleiros velozes do final do século XIX, antes da popularização das embarcações a vapor. A classe “Clipper”, à qual pertence, era uma das últimas utilizadas para as rotas mercantes da época.Entre os elementos de destaque, estão os candelabros do século XIX, adaptados para acompanhar o balanço do navio e evitar que o óleo fosse derramado. Já os lustres, em tempos passados, eram preenchidos com óleo de baleia e iluminavam o espaço com fogo durante as viagens.Outro destaque é o vitral central, que retrata a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Esse vitral não fazia parte do projeto original do navio e foi um presente do estaleiro à Marinha do Brasil. A ideia era proporcionar aos tripulantes um laço simbólico com sua terra natal, reforçando o sentimento de pertencimento durante as missões.Ao entrar em um dos principais espaços do veleiro, é possível ver a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança. Considerada uma das padroeiras dos navegantes, ela ocupa um local especial no “Cisne Branco”, carinhosamente chamado de “lobby da Santa”. A imagem é uma réplica da mesma que acompanhava Pedro Álvares Cabral na caravela que trouxe os portugueses ao Brasil.Vitral que retrata a Baía de Guanabara – Imagem: Arquivo CCSM

O mistério do “lobby da moeda”Entre as diversas curiosidades que cercam o “Cisne Branco”, uma das mais intrigantes é a tradição do “lobby da moeda”. Durante sua construção, uma moeda foi colocada na base do mastro principal, que possui 46 metros de altura, equivalente a um prédio de 15 andares.Essa tradição remonta à mitologia grega, segundo a qual moedas eram colocadas junto aos falecidos para pagar ao barqueiro Caronte, responsável por atravessar as almas para o mundo dos mortos. Seguindo essa crença, a Marinha enviou um ofício ao estaleiro na Holanda solicitando que o costume fosse mantido. Assim, uma moeda de 1936 foi assentada na base do mastro, garantindo, simbolicamente, proteção aos marinheiros. A moeda, que circulou no Brasil na década de 1930, valia 100 réis e traz a imagem do Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha.Aposição da moeda pelo Almirante Lacerda – Imagem: Arquivo Cisne Branco

A vida a bordo: pelos olhos de quem serveQuem já serviu no navio costuma dizer que “viver a bordo do ‘Cisne Branco’ é uma experiência única”. O Encarregado da Segunda Divisão, Capitão-Tenente Willian Ferro de Oliveira Melo, descreve o navio como “um símbolo de tradição, excelência e representação nacional”. Para ele, o veleiro é um verdadeiro elo entre o passado e o presente da Marinha do Brasil.Além do treinamento rigoroso e da rotina disciplinada, os tripulantes se deparam com desafios únicos da navegação híbrida. “A combinação de velas e motor permite uma navegação mais segura e eficiente. O motor auxilia em momentos de necessidade, como manobras rápidas e ausência de vento, garantindo que possamos cumprir nossas missões com precisão”, explica o Oficial.O Mestre do navio, Primeiro-Sargento Renato Alves Reis Junior, ressalta que a vida no “Cisne Branco” ensina muito sobre o trabalho em equipe. “A bordo, cada membro da tripulação tem seu papel fundamental, e isso é imprescindível”, disse.Para o Comandante do navio, Capitão de Mar e Guerra Eduardo Rabha Tozzini, liderar o “Cisne Branco” é motivo de grande orgulho. “É uma grande honra comandar este navio”, afirma. Ele também destaca a beleza singular do veleiro. “É considerado o navio mais bonito da Marinha.”Próximos passosO “Cisne Branco” tem uma programação prevista para este ano que contempla diversas cidades ao longo da costa brasileira. O roteiro está dividido em duas fases: Na primeira, o navio iniciará suas atividades em Angra dos Reis, onde será recebido no porto, aberto à visitação pública e realizará uma saída com alunos do Colégio Naval até a Enseada Batista das Neves. Em seguida, participará do “Ilhabela Vela Show” e marcará presença em Itajaí durante as comemorações do Dia da Marinha e do aniversário da cidade, além de receber alunos da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina. O roteiro ainda prevê escalas em Rio Grande, Porto Alegre (RS), Paranaguá (PR) e Santos (SP), encerrando a fase inicial na “52ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela”.Na segunda fase, o veleiro seguirá para Vitória (ES), Maceió (AL), Cabedelo (PB), Natal (RN) e Recife (PE), onde será visitado por alunos da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco. O ponto alto dessa etapa será a participação na “36ª Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha”. O Navio-Veleiro “Cisne Branco” encerrará a Comissão “Brasil 2025”, na Baía de Guanabara, participando da “80ª Regata Escola Naval”, no dia 12 de outubro.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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